O septo nasal é formado por cartilagem e lâminas ósseas, e é responsável pela divisão da cavidade nasal em duas fossas nasais. Habitualmente, o septo nasal apresenta desvios em sua formação. Apenas uma parcela desses desvios gera alterações obstrutivas, tendo indicação de correção cirúrgica.
A septoplastia é a cirurgia de correção e reposicionamento do septo para a posição mais reta possível.
Ela é realizada sob anestesia geral (podendo ser sob anestesia local em alguns casos), e após o paciente ter realizado jejum de 8 horas, inclusive de líquidos. Toda a cavidade nasal é revestida de mucosa e o primeiro passo na cirurgia é “afastar” a mucosa que reveste o septo para expor totalmente as deformidades óssea e cartilaginosa do septo. É realizada a remoção e remodelagem das porções alteradas do septo, e devolvido a mucosa de revestimento para o seu lugar.
Atualmente, com a evolução da técnica cirúrgica, a septoplastia é rotineiramente realizada sob visualização endoscópica, diminuindo consideravelmente sangramentos e complicações operatórias. Isso também reduz a necessidade de usar tampões nasais, que são extremamente desconfortáveis no pós operatório.
No pós operatório o paciente deverá realizar repouso, evitando exposição ao sol, realização de esforço físico ou pegar peso. O paciente respirará pelo nariz, mas com alguma obstrução. Progressivamente, as restrições vão diminuindo dia a dia, podendo o paciente retornar a quase todas as suas atividades após 10 dias de cirurgia.
Indicações:
Obstrução nasal;
Hipertrofia de conchas nasais em decorrência de quadros de rinite;
Cefaleia (dor de cabeça) de origem nasal;
Sinusite de repetição/sinusite crônica;
Neoplasias septais;
Sangramento nasal recorrente de origem septal:
Apnéia do sono com fator obstrutivo;
Roncos associados a obstrução nasal entre outras.