Conheça os fatores de risco para perdas auditivas no seu bebê

O cuidado com o feto deve começar logo após a confirmação da gravidez, por meio de exames laboratoriais e de imagens. A mãe que começa o pré-natal desde o início da gestação garante a saúde dela e do filho, seja por possibilitar a prevenção de doenças, seja por permitir a detecção e o tratamento precoces de possíveis patologias das quais não se tinha conhecimento.

Contar com o acompanhamento médico é essencial para evitar/tratar os fatores que provocam malformações e afetam a audição. Saiba que em 60% dos casos de surdez em recém-nascidos há uma herança dos pais, e em 40% o fator principal são as infecções adquiridas pela mãe um pouco antes ou ao longo da gestação.

Quando a contaminação ocorre no primeiro trimestre da gravidez, o problema é delicado e exige uma atenção redobrada. Isso porque é neste período que os tecidos, órgãos e sistemas do feto começam a se desenvolver, e as toxinas, ao invadirem o organismo dele, comprometem o desenvolvimento e provocam sequelas graves, entre elas a surdez.

Veja as principais enfermidades causadoras da surdez:

  • Rubéola
  • Citomegalovírus
  • Sífilis
  • Meningite
  • Toxoplasmose

Essas são apenas algumas das doenças. Há outras, como o vírus HIV, sarampo e varicela. Isso sem falar em fatores, como o uso indiscriminado de medicamentos, as radiações emitidas por exames de raio-x, a falta de oxigênio e o sofrimento fetal, que também podem levar à surdez.

A boa notícia é que se trata de um problema passível de ser detectado logo após o parto, ainda na maternidade, por meio de um exame que rastreia as respostas emitidas pelo ouvido, pelo Teste da Orelhinha ou Teste de Emissões Otoacústicas Evocadas. A depender do resultado, o especialista pode exigir outras avaliações complementares para afastar ou confirmar a suspeita.

Ocorre que nem sempre o teste é feito nas primeiras horas de vida e, além disso, os indícios da perda de audição podem não aparecer tão rapidamente. Por isso, os pais precisam estar atentos ao desenvolvimento do bebê de forma que, se houver qualquer suspeita de surdez, devem procurar imediatamente o médico otorrinolaringologista, que, ao suspeitar de perda auditiva, encaminhará para os exames audiológicos a serem realizados pelo fonoaudiólogo. Nesta observação, é preciso conhecer as etapas de evolução da fala.

Os primeiros balbucios ocorrem, em geral, aos quatro meses de vida. Só aos nove meses começa uma compreensão da fala ao associar o som a algo que esteja relacionado à mensagem que ele (bebê) quis passar. Em seguida, ocorrem as imitações do que ele ouve das pessoas mais próximas. Já a chamada linguagem consciente só se dá depois de um ano de idade.

Observe que, se esse bebê tem a audição comprometida, ele não fará as imitações dos sons emitidos por pessoas em contato com ele. Nesta fase, ele mostrará, inconscientemente, que o processo sofreu falhas e são necessários o diagnóstico e o acompanhamento de um profissional.

Com o passar do tempo, os sinais serão mais visíveis. A criança poderá apresentar atraso de socialização e até mesmo motor, porque a intercorrência no Sistema Auditivo poderá atrapalhar o desenvolvimento. Há relatos, ainda, de mudanças de comportamento, como medo, irritabilidade e agressividade.

Sabe quantas pessoas têm surdez no Brasil? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2015, eram 28 milhões de vítimas, com uma previsão de aumento, anual, de 1% de novos casos.

A melhor forma de ajudar a reduzir as estatísticas é verificar, antes de engravidar, se não há enfermidades que tragam essa sequela e, se houver, realizar o tratamento correto antes de pensar em ter um filho. Ao longo dos nove meses, é fundamental realizar o pré-natal e, após o nascimento, levar periodicamente o bebê para um fonoaudiólogo apto a verificar se o processo de audição e linguagem segue conforme os padrões considerados normais ou se há necessidade de interferências para garantir qualidade de vida a esta criança.

Rubéola

Por que provoca surdez? O Togavírus invade a placenta, provoca a inflamação dos tecidos, alteração na multiplicação celular do feto e interfere na formação de órgãos, como cérebro e ouvidos. Se isso ocorrer nos três primeiros meses da gestação, é grande o risco de haver surdez congênita e outros problemas, como distúrbios visuais e anomalias no coração.

Como se dá a contaminação? Por via respiratória e por meio de gotinhas expelidas no ar.

Como prevenir?
– Antes de engravidar, tome a vacina tríplice viral que protege contra rubéola, caxumba e sarampo;
– Se não tiver sido vacinada, evite contato com pessoas contaminadas e locais com muitas aglomerações.

Citomegalovírus

Por que provoca surdez? Este micro-organismo é parente do vírus da catapora e da herpes. Ele ataca os tecidos do cérebro e causa malformações no sistema nervoso central de forma a levar à surdez, a outras anomalias e pode até matar. Alguns estudos apontam que afeta entre 0,4% e 6,8% dos recém-nascidos, no Brasil. O citomegalovírus provoca sintomas semelhantes aos de uma gripe. Entre eles: mal-estar e dores pelo corpo, febre, dor de garganta, inflamação dos gânglios.

Como se dá a contaminação? Por contato íntimo (tosse, espirro, beijo, contato sexual), por transfusão de sangue, pelas vias respiratórias ou pela chamada transmissão vertical (mãe/feto).

Como prevenir?
– Faça exames antes de engravidar;
– O uso de antivirais, antes da gestação, reduz as chances de contaminação;
– Se não tiver sido vacinada, evite contato com pessoas contaminadas e locais com muitas aglomerações;
– Evite carne crua ou mal cozida;
– Lave frutas, verduras e legumes, antes de consumi-los;
– Use preservativos nas relações sexuais.

Sífilis Congênita

Por que provoca surdez? A presença da bactéria Treponema pallidum causa problemas na mulher e no feto.

Como se dá a contaminação? Trata-se de uma doença sexualmente transmissível, que passa de mãe para o filho durante a gestação ou na hora do parto.

Como prevenir?
– Fazer exame antes de engravidar, visto que nem sempre os sintomas são percebidos;
– Proteção nas relações sexuais.

Meningite

Por que causa surdez? A doença pode ser provocada por vírus e bactérias (mais grave), que inflamam as membranas protetoras do encéfalo, da medula espinhal e de outras estruturas do sistema nervoso central.

Essa inflamação atinge a cóclea, que fica no ouvido interno, destinada a transformar os sinais acústicos em elétricos e enviá-los ao cérebro, processo que permite a audição. As crianças com menos de 5 anos de idade são as mais atingidas.

Como se dá a contaminação? Por meio de alimentos e objetos contaminados.

Como prevenir?
– Manter bons hábitos de higiene.

Toxoplasmose

Por que causa surdez? O protozoário Toxoplasma gondii é encontrado em fezes de felinos, principalmente nos gatos. A mãe contaminada transmite o parasita para o filho, pela placenta. Ele pode causar alterações neurológicas, consideradas graves, além de cegueira e surdez.

Como se dá a contaminação? Pela ingestão de alimentos contaminados.

Como prevenir?
– Evite consumir carnes mal cozidas;
– Lave frutas, legumes e verduras. Use água e vinagre para reforçar a eliminação do protozoário.

Conheça a Dra. Vanessa Furtado

Graduação: Fonoaudiologia (Universidade do Sagrado Coração – Bauru/SP)
Especializações:
– Distúrbios da Comunicação Humana (Universidade Federal de São Paulo)
– Otoneurologia (Universidade Federal de São Paulo)
– Saúde Perinatal e Desenvolvimento do Bebê (Universidade Federal de São Paulo e Universidade de Brasília)
– Neuro-Otologia (Universitá Degli Studi di Milano – Itália)
– Doutorado: Ciências da Saúde (Universidade de Brasília)

Foi a primeira Dra. Fonoaudióloga do Distrito Federal e também pioneira nessa área a realizar o teste da orelhinha em maternidade, em Brasília.
Dra. Vanessa Furtado é sócia-proprietária da Cliaod, onde realiza exames de Audiometrias Tonal e Vocal (Infantil e Adulto), Imitanciometria/Impedanciometria, VENG e EOA. Além disso, é professora convidada do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e membro de Banca Examinadora (UnB).

Conheça a Cliaod – Clínica de Otorrinolaringologia

Sabe há quanto tempo a Cliaod está no mercado? Há 21 anos. Tudo começou no ambulatório e no pronto-socorro de um hospital particular, no Distrito Federal. Aos poucos, veio o reconhecimento pelo serviço prestado. Com isso, a demanda aumentou e foi preciso ampliar a estrutura.
Atualmente, a Cliaod conta com dez especialistas – otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos – focados em oferecer um atendimento de excelência e humanizado, em que cada paciente é visto como único. A equipe trabalha centrada em valores como competência, respeito e ética.

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