Isso pode ser labirintopatia (doença do labirinto)

Imagine a seguinte situação: você se levanta e sem motivo aparente sente uma tontura horrível. O mundo parece rodar a sua volta (essa tontura rotatória chama-se vertigem), perde o equilíbrio e o foco da visão, sem falar no zumbido que surge no ouvido. Já passou por isso ou conhece alguém que vivenciou esta sensação? Pois é, esse pode ser um quadro de labirintopatia.

O otorrinolaringologista Dr. Jacinto de Negreiros Júnior da Clínica de Otorrinolaringologia (CLIAOD) explica como ocorrem os principais sintomas e a importância de um diagnóstico correto para a escolha do tratamento mais eficaz.

É importante entender como surgem as doenças do labirinto. Na orelha interna, há órgãos sensoriais que permitem a audição e o equilíbrio. Quando essas partes sofrem alguma alteração, provocada por fatores físicos e de origem psíquica e emocional, as duas funções ficam comprometidas.

Os principais sinais e sintomas surgem e desaparecem repentinamente. Entre eles:

– vertigem: a percepção é de que tudo em volta gira desenfreadamente. Há pacientes que relatam perceber essa sensação de forma bastante intensa ao virar a cabeça de um lado para o outro, abaixar-se e levantar-se. Comum na Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB);
– tontura: perda do equilíbrio, sensação de insegurança ao caminhar, tendência à queda;
– náuseas e vômitos: esses dois sintomas são bem comuns nas crises e, normalmente, estão associados ao primeiro;
– zumbido: percebe-se uma espécie de apito e chiado dentro do ouvido. A intensidade e duração variam de caso a caso. Associado a isso pode haver sensação de pressão ou plenitude auricular;
– alterações auditivas: nas hidropsias endolinfáticas, quando há aumento da pressão de endolinfa, líquido que preenche a orelha interna, há relatos de uma pequena perda de audição durante as crises, que podem durar minutos e até horas.

Há muitas causas de labirintopatia. A mais comum é a Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB), causada por otocônias ou otólitos que se desprendem e irritam os canais semicirculares do labirinto, provocando a vertigem. O tratamento adequado se faz com manobras de reposicionamento no intuito de colocar esses otólitos de volta no lugar correto.

Outras causas de labirintopatia são as doenças metabólicas, alterações dos hormônios da tireoide, alterações do metabolismo da glicose, uso inadequado de medicamentos e interações medicamentosas, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, doenças neurológicas, traumatismo craniano, presença de tumores e uso de substâncias estimulantes que irritam a via labiríntica. Fatores emocionais e estresse são coadjuvantes, pioram os sintomas.

O diagnóstico baseia-se na anamnese, conversa entre paciente e otorrinolaringologista no consultório. Esse momento é muito importante porque o paciente deve apresentar todas as queixas e relatar problemas de saúde anteriores. Além disso, o profissional pode solicitar exames complementares laboratoriais, de imagem e testes de audição e do labirinto. Tudo isso permite afastar ou confirmar a suspeita. Dependendo da causa, o profissional escolhe o tipo de tratamento mais eficaz.

Há várias formas de tratamento, dependendo da origem do problema. Há manobras de reposicionamento, reabilitação labiríntica com exercícios, tratamento medicamentoso e cirurgia. O objetivo é dar alívio e reabilitar o paciente para suas atividades diárias, que por questões de segurança ficam suspensas durante as crises.

Lembre-se: a automedicação pode agravar o problema. Não tome medicamentos por conta própria. O correto é procurar um otorrinolaringologista, o profissional mais indicado para fazer o exame clínico e dar o diagnóstico seguro.

Saiba mais sobre o Dr. Jacinto de Negreiros Júnior

Graduou-se em Medicina pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), em 1997. Fez Residência Médica em Otorrinolaringologia pela Universidade de Brasília (UnB), em 2001, e tem título de especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial (ABORL-CCF), em 2002.

A busca pelo conhecimento garantiu também:

– Mestrado em Ciências da Saúde com área de Concentração em Otorrinolaringologia, pela Universidade de Brasília (UnB), em 2003;
– Capacitação em Polissonografia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial (ABORL-CCF), em 2009;
– Experiência na área de Otorrinolaringologia, com ênfase em Cirurgia Otológica.

O Dr. Jacinto de Negreiros Júnior foi coordenador do Programa de Residência Médica em Otorrinolaringologia do Hospital das Forças Armadas (HFA), de 2005 a 2018, médico otorrinolaringologista do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Atualmente, integra o corpo clínico da CLIAOD – Otorrinolaringologia.

Sobre a Cliaod – Clínica de Otorrinolaringologia

Sabe há quanto tempo a Cliaod está no mercado? Há 21 anos. Tudo começou no ambulatório e no pronto-socorro de um hospital particular, no Distrito Federal. Aos poucos, veio o reconhecimento pelo serviço prestado. Com isso, a demanda aumentou e foi preciso ampliar a estrutura.

Atualmente, a Cliaod conta com dez especialistas – otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos – focados em oferecer um atendimento de excelência e humanizado, em que cada paciente é visto como único. A equipe trabalha centrada em valores como competência, respeito e ética.

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