Mau hálito tem tratamento

Define-se halitose como uma alteração ou condição do hálito. Caracteriza-se pelo odor desagradável percebido durante a expiração (expulsão de ar dos pulmões pelas vias respiratórias), que chega a causar desconforto e até repulsa em quem o sente. Consiste em um problema preocupante, porque constrange, interfere nas relações interpessoais, na autoestima e pode ser uma consequência de uma doença, o que interfere na qualidade de vida.

Quantas pessoas sofrem deste mal? De acordo com estudos epidemiológicos, cerca de 2,4% da população adulta mundial têm ou já teve halitose.

A halitose divide-se em:

Fisiológica: decorrente do jejum prolongado ou decorrente de algum componente da dieta como álcool, ingestão de alimentos (cebola e alho), excesso de proteínas, ausência de carboidratos, variações hormonais do ciclo pré-menstrual;

Patológica, que pode ser subdividida em:
  • Verdadeira: origem patológica;
  • Pseudo-Halitose: de caráter psicológico e emocional;
  • Halitofobia: medo exagerado com alterações comportamentais severas.

Por isso, só é possível escolher o tipo de tratamento após identificar o tipo e as causas do problema. Mas o paciente é um ser ativo nesse processo de diagnóstico, solução e, principalmente, prevenção. Por isso, pequenos cuidados no dia fazem toda a diferença.

Aquele mau hálito percebido após horas de sono é normal por resultar de um processo natural do organismo. Enquanto a pessoa dorme, há uma queda na produção de saliva. Neste caso, perceba que uma boa higienização, principalmente à noite e ao acordar, resolve o problema:

  • escove os dentes corretamente pelo menos três vezes ao dia, com maior atenção à noite, use fio dental e enxaguatórios bucais e faça a higiene também da língua;
  • coma alimentos que sejam ricos em fibra como maçã e cenoura, que ajudam na limpeza da boca, e diminua a ingesta de açúcar;
  • hidrate-se com bastante água.

Porém, quando a situação permanece mesmo depois de uma escovação e lavagem adequadas, é preciso verificar mais cuidadosamente os motivos. Neste caso, o ideal é marcar uma consulta com um profissional odontologista ou otorrinolaringologista, pois em 80 a 90% dos casos a origem é oral. São as gengivites, periodontites, glossite e a saburra lingual, amigdalites e acúmulo de restos de alimentos nas amígdalas (casei), candidíase oral, tumores da boca, xerostomia (boca seca) e alterações da deglutição.

Além disso, a halitose pode também estar relacionada a causas extraorais e sistêmicas. As principais são alterações pulmonares, como o hálito cetônico no diabete melito, fetor hepaticus nos casos de cirrose, uremia e distúrbios metabólicos – nestes casos a origem não está nos pulmões, este apenas funciona como meio de exteriorização de substâncias dissolvidas no sangue por problemas metabólicos; alterações gastrointestinais, doenças do esôfago, hérnia de hiato, refluxo gastroesofágico, divertículos, megaesôfago, tumores, gastrites.

Há mais de 50 causas de halitose. Saiba um pouco sobre as principais:
  • Amigdalites e sinusites;
  • Rinossinusite Crônica (RSC): doença inflamatória que atinge a mucosa do nariz e dos seios paranasais, provoca o acúmulo de secreção mucopurulenta nesta região. Entre os sintomas estão: obstrução nasal e dor ou sensação de peso, gotejamento pós-nasal;
  • Cáseos: parecem massinhas que quando apertadas se esfarelam e expelem o odor. Na verdade, são restos de alimentos, da saliva e das células descamadas da mucosa bucal e bactérias que se acumulam nas cavidades das amígdalas;
  • Saburra: camada esbranquiçada em cima da língua provocada por um longo período sem a ingestão de alimentos e sem higienização da boca;
  • Diminuição da salivação: diminuição da quantidade de saliva, natural durante o sono e motivada também por determinados remédios e doenças;
  • Refluxo ácido;
  • Doenças gastrointestinais e alterações nos rins e fígado;
  • Jejum prolongado;
  • Tumores e feridas na boca;
  • Restos de alimentos com cheiro forte (alho, cebola …) que ficam entre os dentes e próteses;
  • Problemas odontológicos (cáries, gengivite, tártaro etc.);
  • Higiene bucal inadequada;
  • Ansiedade, estresse e depressão;
  • Fumo;
  • Uso excessivo de álcool.

A halitose pode ainda ser o sinal da existência de doenças como o diabetes. Por ter várias causas e estar na lista de sintomas de determinadas patologias, o problema deve ser visto como multifatorial e contar com tratamento multidisciplinar, o que inclui a necessidade da participação de mais de um especialista.

O otorrinolaringologista, na consulta, consegue confirmar ou descartar diversos problemas relacionados à boca e garganta e, na suspeita de que a origem seja digestiva, ele orienta o paciente a procurar o gastroenterologista. Ou, ainda, pede que a pessoa procure um odontologista, ao perceber que o motivo do odor é uma causa dentária.

Não conviva com a halitose. Procure um especialista.

Saiba mais sobre o Dr. Jader Rebouças

Formou-se em Medicina na Escola de Medicina e Saúde Pública Salvador – Bahia (1988 – 1993).O estágio em Otorrinolaringologia foi também na capital da baiana, no Hospital Santo Antônio Salvador (1996 -1999).

O Dr. Jader tem Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Associação Brasileira em Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial ( ABORL-CCF ). Além disso, tem Capacitação em Polissonografia pelo Instituto do Sono de São Paulo em 2006.

Desde 2002, é sócio-proprietário da Cliaod.

Saiba mais sobre a Cliaod

Sabe há quanto tempo a Cliaod está no mercado? Há 21 anos. Tudo começou no ambulatório e no pronto-socorro de um hospital particular, no Distrito Federal. Aos poucos, veio o reconhecimento pelo serviço prestado. Com isso, a demanda aumentou e foi preciso ampliar a estrutura.

Atualmente, a Cliaod conta com dez especialistas – otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos – focados em oferecer um atendimento de excelência e humanizado, em que cada paciente é visto como único. A equipe trabalha centrada em valores como competência, respeito e ética.

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