A sinusite é uma inflamação da mucosa dos seios da face – região formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. Ela pode ser aguda ou crônica; viral ou bacteriana.
A viral é o resfriado ou gripe que, normalmente, quase todos já tiveram, sendo a causa mais comum das rinossinusites. Já a bacteriana pode acontecer como uma complicação da sinusite viral, que causa obstrução nos ofícios de drenagem dos seios paranasais e, com isso, a secreção se acumula, tornando o ambiente ideal para a colonização bacteriana. Este tipo de sinusite, mais comum, é tratada com antibióticos e dura um tempo determinado.
O essencial, em qualquer caso, é que seja feito um diagnóstico preciso por um médico otorrinolaringologista, já que o tempo de duração dos sintomas é fator importante na determinação da causa da sinusite. Quando este quadro se torna mais arrastado, ou mesmo depois de um tratamento, e a sinusite retorna com frequência, pode-se investigar a manifestação crônica da doença, que não é uma sinusite aguda mal tratada ou mal curada, mas uma versão que não tem causas ainda muito bem esclarecidas. Sabe-se que há uma ligação com a presença de pólipos nasais, por exemplo, e também com o desvio do septo. Para o diagnóstico da sinusite crônica, é preciso atenção a alguns sintomas:
- obstrução nasal associada à dor;
- secreção associada à pressão ou dor facial;
- redução ou perda do olfato;
- alterações tomográficas ou evidenciadas por exames endoscópicos;
- tosse noturna.
A presença de alguns desses sintomas por um período mínimo de 12 semanas já pode caracterizar um caso de sinusite crônica. Normalmente, o tratamento é feito com medicamentos nasais e orais e, em alguns casos, com cirurgia, que pode ser desde a correção de desvios de septo até a remoção de pólipos nasais e abertura/limpeza dos seios paranasais.
A jornalista Clara Carvalho sofre com o problema desde a infância. Antes do diagnóstico da sinusite feito por um médico otorrinolaringologista, ela ainda teve bronquite e rinite. “Passei a maior parte da minha vida com este problema”. Hoje, depois de muitos tratamentos para evitar novas crises, ela usa uma forma de nebulização nasal com água e sal; evita pegar friagem, ar condicionado; evita contato com lugares com mofo, cheiros fortes; e usa umidificador em casa nos dias muito secos.
O clima seco, característico de Brasília, aliado às manifestações alérgicas, normalmente, é associado aos casos de sinusite. O Dr. Carlos Alberto Maurício Jr explica que os processos alérgicos nasais podem causar uma inflamação na mucosa nasal, obstruindo os orifícios naturais de drenagem dos seios da face. Por isso mesmo é de extrema importância realizar a higienização regular das narinas com soro fisiológico.
É sempre bom Lembrar que é necessário procurar um otorrinolaringologista, pois um diagnóstico preciso é essencial, já que, apesar de raras, pode haver complicações graves da sinusite, como abscessos, infecção óssea, meningite, entre outras.
