Tudo que você precisa saber sobre o ronco

Acredite: roncar já foi sinônimo de saúde, mas isso faz muito tempo, foi na Antiguidade. Claro que hoje não é bem assim. Todo mundo pode ter roncado uma vez na vida, nem que seja uma roncadinha, até aí nenhum problema. A questão é de causar preocupação quando o ronco se torna intenso e frequente.

Estima-se que uma em cada oito pessoas ronca. Em geral, são homens, pessoas com sobrepeso e as mais velhas. Estudos apontam que 60% dos idosos sofrem disso.

Quer saber tudo sobre esse assunto? O Dr. Gustavo Bachega, otorrinolaringologista da Cliaod,  clínica de otorrinolaringologia, responde as principais dúvidas sobre o ronco.

O que é o ronco?

Trata-se de um ruído provocado pelo estreitamento e pela obstrução parcial das vias aéreas superiores e da faringe, locais por onde passa o ar. A curiosidade de muita gente é saber porque isso provoca um som. A explicação é a seguinte: enquanto dormimos os músculos da garganta e da língua ficam relaxados, com isso o fundo da língua encosta no céu da boca e obstrui a passagem do ar, resultando em uma vibração. Daí o ruído.

Já observou que quem ronca, normalmente, está de barriga para cima? Daí, a musculatura da garganta fica flácida. Por isso, recomenda-se dormir de lado.

Quais as principais causas?

São vários os fatores motivadores do ronco. Entre eles:

  • obesidade;
  • excesso de gordura no pescoço: mesmo quem não é obeso pode ter um pouco de gordura nessa região (pescoço e garganta), o que pode comprometer a passagem do ar;
  • doenças respiratórias: rinites, sinusites e nariz entupido, por conta de outras patologias ligadas ao sistema respiratório, podem provocar o ronco;
  • hipertrofia das adenoides e amígdalas: quando essas estruturas têm tamanho acima do normal também interferem na passagem do ar;
  • idade: à medida que o tempo passa, a garganta se torna mais estreita e há perda de tônus muscular (elasticidade);
  • genética: pesquisas indicam que homens têm a passagem de ar mais estreita do que as mulheres e, por isso, têm mais chances de roncar;
  • tabagismo;
  • uso excessivo de bebidas alcoólicas;
  • uso frequente de remédios calmantes;
  • hábito de fazer refeições pesadas minutos antes de ir dormir.

Há ainda fatores anatômicos (formato):

  • alterações nos ossos da face e na mandíbula;
  • queixo pequeno demais ou para trás;
  • língua grande;
  • desvio de septo.
Quais as consequências do ronco?

O ronco quando esporádico pode representar apenas um sinal de cansaço e de pequena obstrução temporária das narinas, provocada por gripe ou resfriado, mas, a partir da hora em que se torna forte e frequente, exige atenção.

Ele pode ser isolado ou sinal de uma doença chamada Síndrome da Apneia do Sono, caracterizada pela parada respiratória durante segundos e até minutos, ao longo do sono. Ela promove a redução da oxigenação do sangue por causa, exatamente, da interrupção temporária da respiração. Neste caso, há necessidade de ir atrás, o quanto antes, de um especialista.

A apneia do sono provoca o ronco, mas também sintomas como: alta pressão arterial, dores no peito, sono agitado, garganta seca, asfixia e engasgos durante o sono e outros. Trata-se de um distúrbio relacionado a outros problemas que vão desde doenças cardíacas até a depressão.

Importante ressaltar que o ronco, independentemente de ser um fato isolado ou ronco da apneia, pode comprometer a qualidade do sono e deixar a pessoa sonolenta ao longo do dia, sem concentração e ânimo para desenvolver normalmente as atividades habituais. Diante disso, é preciso procurar um especialista para realizar uma avaliação e dar as orientações necessárias. Vale deixar bem claro que nem todo roncador é portador de apneia obstrutiva do sono, porém todo apneico é um roncador!

Existe tratamento?

Sim, mas não há uma receita pronta. Os efeitos dos remédios, produtos e técnicas variam de pessoa para a pessoa. Há pacientes que a partir de uma simples mudança de hábito já observam melhoras.

Quando é um quadro considerado mais leve, recomenda-se:

  • mudar a posição de dormir: dar preferência a ficar de lado em vez de manter-se com a barriga para cima;
  • evitar álcool e cigarro;
  • optar por uma alimentação leve e balanceada;
  • evitar comer muito antes de dormir: o ideal é fazer refeições leves nas horas que antecedem o momento de deitar;
  • sair do sedentarismo: uma caminhada de 30 minutos, três vezes ao dia, faz toda a diferença. É importante perder peso!

Diante de quadros de roncos mais intensos, sugere-se ainda:

  • uso de um retrator de língua: prótese intra oral móvel que ajuda a deixar a boca fechada;
  • uso de CPAP: máscara de pressão para passagem do ar pelas vias respiratórias. Ela reduz crises e afasta o risco de aparecimento de doenças cardiovasculares;
  • cirurgias específicas como, por exemplo, para avanço da maxila e mandíbula, correção do palato/faringe etc.

Importante ressaltar que tudo isso deve ser decidido com a ajuda de um profissional. Se alguém já disse que seu ronco incomoda e se mostra preocupado com isso, procure um otorrinolaringologista. Com a ajuda de um especialista você tirará as dúvidas, poderá evitar problemas mais sérios e ganhar qualidade de vida.

Saiba mais sobre o Dr. Gustavo Bachega

Formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia/MG, em 1994. A Residência Médica foi em Otorrinolaringologia pelo Hospital de Base do Distrito Federal.  Ele tem Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Associação Brasileira em Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORL-CCF). Possui ainda capacitação em Polissonografia pelo Instituto do Sono de São Paulo (2006).

O Dr. Gustavo Bachega é médico otorrinolaringologista do Hospital de Base do Distrito Federal, desde 1998. Integrou o corpo clínico do Hospital Santa Luzia, de 1998 a 2013. Desde 1997, está na área de otorrinolaringologia da CLIAOD, onde tornou-se, em 2000, diretor técnico e financeiro.

Saiba mais sobre a Cliaod

Sabe há quanto tempo a Cliaod está no mercado? Há 21 anos. Tudo começou no ambulatório e no pronto socorro de um hospital particular, no Distrito Federal. Aos poucos, veio o reconhecimento pelo serviço prestado.

Com isso, a demanda aumentou e foi preciso ampliar a estrutura. Atualmente, a Cliaod conta com dez especialistas – otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos – focados em oferecer um atendimento de excelência e humanizado, em que cada paciente é visto como único. A equipe trabalha centrada em valores como competência, respeito e ética.

 

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